Friday, 18 March 2011

E HÁ QUEM CALE AS CRISES PARA DELAS PODER VIVER

Eu que não vivo das crises

Compreendo quem as queira

Um político típico ou atípico não quer crises

São coisas desagradáveis e boçais

Mas Vive nelas e delas

Anseia por elas quando elas não aparecem

Suspira por elas quando são pequeninas

E acarinha-as até elas crescerem

E quando crescem aproveita-se delas

Quando são pequeninas aproveita-se delas pela calada

Para não sofrer com o síndroma da Cruz do Carlos

Saturday, 5 March 2011

DAS BOLHAS DE IRREALIDADE QUE PARECEM EXISTIR

POIS SAI DE LISBOA UM ENXAME DE OFICIAIS

E SENDO NECESSÁRIOS MIL MOIOS RECOLHEM TRÊS MIL

E VENDEM DEPOIS EM ABRIL E MAIO OS DOIS MIL QUE SOBRAM

DOBRANDO-LHES O PREÇO COM A FOME QUE CAUSARAM

E REZAM ASSIM:

ESTE TRIGO É MUITO SUJO NÃO O HEI-DE LEVAR SENÃO JOEIRADO

PORQUE NÃO QUERO COMPRAR MÁ FAZENDA

PARA OS SOLDADOS DE SUA MAJESTADE, QUE É BEM ANDEM MIMOSOS

POIS NOS DEFENDEM DE NOSSOS INIMIGOS

MANDOU-O JOEIRAR LOGO O LAVRADOR

E TIROU DE DEZ MOIOS MAIS DE MEIO MOIO DE ALIMPADURAS

AS QUAIS COMPROU LOGO O MESMO MINISTRO

A VINTÉM CADA ALQUEIRE

E EM AS TENDO POR SUAS DEU COM ELAS NO TRIGO LIMPO


a bolha de ilusões de que a cracia do demo existiu

e que a dita mole é melhor do que a dita dura

já teve melhores dias

e bolhas de ilusões não existem

as bolhas têm fronteiras

as ilusões não